As atividades da empresa de segurança foram encerradas, pois não havia autorização para o funcionamento, conforme a PF. O coronel, que era proprietário da empresa, foi liberado após pagamento de fiança
A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira, 20, dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Estadual em uma empresa irregular de segurança privada, no município de Caucaia. O estabelecimento era administrado por um coronel reformado da Polícia Militar, identificado como Luiz Carlos Moreira de Menezes, que acabou sendo preso por posse ilegal de arma de fogo.
As atividades da empresa de segurança foram encerradas, pois não havia autorização para o funcionamento. "Estavam fazendo segurança privada com vigilantes armados sem preencher os requisitos adequados", explica o chefe do Departamento de Polícia Federal do Ceará, delegado Francisco Leite Bezerra.
Na casa do coronel reformado, onde funcionava a sede da empresa, foram apreendidos seis placas de coletes balísticos, quatro coldres de armas, quatro protetores de joelhos e 16 tonfas utilizadas em serviços de segurança.
A investigação da PF apontou que a empresa contava com quatro postos de segurança, sendo que um dos vigilantes foi flagrado há 30 dias com uma arma de numeração raspada e foi autuado pela posse ilegal de arma de fogo.
Na época, as atividades da empresa foram encerradas por determinação da Delegacia de Controle de Segurança Privada da PF. Com os mandados de busca e apreensão expedidos, foi achada uma arma de fogo sem autorização na casa do coronel, e ele foi preso pelo mesmo crime nesta terça.
Com o pagamento da fiança, o proprietário da empresa irregular e coronel reformado deverá responder em liberdade, mas não poderá abrir nova empresa de segurança, conforme o delegado Francisco Leite Bezerra. "A pessoa não pode abrir uma empresa de segurança respondendo processo criminal ou tendo sido condenada. Como ele já está respondendo por essa posse ilegal, já não pode abrir em seu nome", cita.
Os outros vigilantes não foram autuados criminalmente, mas devem responder pela irregularidade administrativa da empresa, junto ao coronel. ''Essa fiscalização é importante para evitar a prestação de serviços por aventureiros, pessoas que não têm aptidão para exercer a vigilância. É uma atividade que pode se configurar um risco à sociedade, se não houver autorização", completa o delegado.
Em nota, a PF esclareceu que realiza o controle sobre as atividades de segurança privada por meio da fiscalização das empresas prestadoras do serviço de vigilância privada, das empresas com vigilância orgânica, dos vigilantes, bem como dos cursos de formação dos vigilantes.
Nenhum comentário :
Postar um comentário