Um dos seguranças baleados pelo policial ficou paraplégico.
Juiz disse que a conduta do PM 'abalou a ordem pública'
A Justiça negou a liberdade provisória para o policial militar Johnatan Tiago Silva, acusado de atirar em dois seguranças em uma festa no último dia 11 de outubro, no Terminal de Passageiros do Porto do Mucuripe, em Fortaleza. Um dos seguranças baleados ficou paraplégico em decorrência dos ferimentos.
Na decisão publicada na segunda-feira (7), no Diário da Justiça, o juiz Fernando Antônio Pacheco Carvalho Filho, auxiliar privativo da 2ª Vara do Júri de Fortaleza, afirma que a "ordem pública foi abalada, uma vez que o policial, sendo um profissional da segurança pública, atirou em pleno evento público, causando pânico e insegurança entre as pessoas que ali se encontravam”.
Conforme o magistrado, os fatos por si só demandam a manutenção da prisão para garantia da ordem pública, principalmente pela maneira que o agente agiu. “A conduta do réu demonstra claramente propósitos de desprezo e destemor pela Justiça Pública, de modo que a liberdade daquele simbolizaria risco à ordem pública”, explicou.
O policial foi preso em flagrante na madrugada do dia 12 de outubro, após ser expulso da festa a pedido dos organizadores. Segundo a polícia, ele estava com um amigo causando tumulto e incomodando outros convidados.
Logo após ser levado para fora do Terminal de Passageiros, ele voltou com uma arma em punho e atirou contra os dois seguranças, que foram atingidos no abdômen e nas costas. Ambos ficaram gravemente feridos e foram socorridos ao Instituto Dr. José Frota (IJF).
Bruno de Castro Francilino, de 24 anos, foi internado na Observação de Neurocirurgia do IJF,ele sofreu um trauma na coluna e acabou ficando paraplégico.
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