terça-feira, 15 de novembro de 2016

Contra atraso no salário, vigilantes de escolas e hospitais fazem greve no DF

Secretaria de Saúde diz que pretende quitar dívida até sexta-feira.
Profissionais recebem R$ 2.444 por mês, já com auxílio por risco de morte.



Vigilantes que prestam serviço em hospitais e escolas públicas do Distrito Federal entraram em greve nesta quinta-feira (10) para cobrar o pagamento do salário de outubro, que deveria ter ocorrido no dia 7. Em nota, a Secretaria de Saúde diz que pretende quitar a dívida com a empresa até sexta. A pasta de Educação declarou que os repasses não foram feitos por indisponibilidade financeira.
Ao todo, três empresas prestam o serviço, que faz a guarda patrimonial em unidades de saúde e ensino. O sindicato da categoria informou que também há atrasos no pagamento de auxílio-alimentação e transporte. O salário médio dos vigilantes é de R$ 2.444, já incluindo adicional por risco de morte. Ao todo, há 2,7 mil profissionais.
Ainda de acordo com o sindicato, 70% dos vigilantes estão parados. Os que continuam trabalhando estão em locais de maior necessidade, como maternidades e unidades de psiquiatria. Assim, afirma a entidade, o percentual mínimo de 30% é mantido para evitar que a greve seja considerada ilegal.
A Brasília Seguros informou, em nota, que não pagou os funcionários devido à falta de repasses da Secretaria de Saúde. Também foi procurada as empresas – Ipanema e Confederal –, mas nenhuma deu retorno até a publicação desta reportagem. A paralisação afeta escolas de regiões como Ceilândia, GamaTaguatinga e Santa Maria e unidades de saúde de toda a cidade.
Segundo a Secretaria de Educação, o governo paga apenas pela prestação dos serviços e o pagamento de salários e benefícios é feito diretamente pelas empresas. O último repasse foi feito no último mês de agosto e os pagamentos de setembro estão em fase de regularização.
A Secretaria de Saúde informou estar adotando medidas específicas até a regularização da situação. No Hospital de Taguatinga, por exemplo, as visitas foram suspensas. No Hospital de Base, o controle das portarias é feito por servidores de portaria. O atendimento segue normal. Apenas o setor de psiquiatra deve ter as portas fechadas devido à complexidade do setor. A pasta não informou o valor da dívida.

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