terça-feira, 27 de setembro de 2016

No AP, ladrões furtam escola e picham pedindo volta de vigilantes


Escola de música Walkíria Lima foi furtada pela segunda vez em Macapá.
Rede de ensino do Amapá está sem vigilantes desde agosto.



Ladrões invadiram na madrugada desta terça-feira (27) o Centro de Educação Profissional em Música Walkíria Lima, localizado na Zona Sul de Macapá. Segundo a direção, eles deixaram um recado na parede da sala com a seguintes frases: "A vida não é um conto de fadas" e "Tá na hora do Waldez colocar os vigilantes".

De acordo com a direção, foi levado um computador e o recado seria em alusão ao governador do Amapá, Waldez Góes e ao fato de o prédio estar sem vigilância desde o fim dos contratos entre empresas e a Secretaria de Estado da Educação (Seed), em 5 de agosto.

Uma das professoras da instituição, Cássia Monteiro, encontrou a mensagem escrita na parede, tirou fotos e publicou na rede social Facebook.

"Pela segunda vez o Walkíria Lima foi roubado, com direito a recado. Não sabemos ainda por onde podem ter entrado. Acreditamos que pelo banheiro pois era a única janela que estava meio aberta, mas não é certeza", disse a reportagem.

O diretor do Centro, Benjamin Monteiro, diz que os assaltantes teriam invadido uma das salas durante a madrugada, entretanto não foi encontrado nenhum sinal de arrombamento, apenas uma das portas, que estaria aberta.

A instituição registrou boletim de ocorrência e a Polícia Militar (PM) foi acionada, mas nenhum suspeito foi encontrado, até esta publicação.

"Quando uma funcionária chegou na escola, por volta das 7h30, encontrou a sala bagunçada, a falta do computador e esse recado audacioso. Até o momento, não sentimos falta de outro objeto, que pode ter sido furtado", enfatizou o diretor.

Esta é a segunda vez que a escola é alvo de furto em dois meses. No dia 18 de agosto, ladrões quebraram o vidro de uma das portas que dá acesso à secretaria da instituição, e teriam levado computadores e instrumentos musicais do local.

O diretor completa que apesar do furto, as aulas na instituição devem ocorrer normalmente. "Mesmo sem vigilância, precisamos dar continuidade nas nossas atividades. Infelizmente é um risco", explicou.

Em agosto, o governo do Amapá anunciou que 50 escolas da rede pública de Macapá e Santana teriam o retorno da vigilância. O processo teria sido iniciado na Central de Licitações com prazo para conclusão entre 90 e 120 dias.

Outra medida para garantir a segurança nos prédios escolares foi estender o trabalho do Batalhão de Policiamento Escolar, que ocorria durante o horário de aula. Agora, as rondas se estendem até as 3h, diariamente.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Motorista e 2 vigilantes são feitos reféns em roubo de carga avaliada em R$ 2 milhões no Rio

Reféns foram liberados e polícia faz buscas por criminosos no Morro da Pedreira



Um motorista e dois vigilantes foram feitos reféns na manhã deste sábado (24) por assaltantes que roubaram um veículo da transportadora FedEx. O crime ocorreu na rua Mercúrio, na Pavuna, bairro da zona norte do Rio. A Delegacia de Roubos e Furtos de Carga instaurou um procedimento policial para apurar as circunstâncias do crime.

Os bandidos renderam o motorista e os dois seguranças que escoltavam a mercadoria, uma remessa de eletroeletrônicos avaliada em mais de R$ 2 milhões. Os vigilantes foram presos pelos ladrões no porta-malas de um dos veículos usados no assalto.

Segundo a delegacia, os reféns foram liberados próximo à comunidade do Morro da Pedreira. Os criminosos fugiram em direção à comunidade, levando o motorista. Parte da carga foi recuperada. Segundo um dos seguranças, os criminosos cogitaram matar um dos reféns.

— Houve até um julgamento entre eles para decidir se iam matar eu ou o meu parceiro. Graças a Deus isso não aconteceu e a gente foi liberado.

Segundo o vigilante, um dos bandidos estava muito alterado e insistia que o melhor era assassiná-los, enquanto outro comparsa ponderava que eles não tinham reagido e era melhor liberá-los.

Policiais fizeram uma incursão na comunidade e conseguiram localizar o motorista e o veículo. Mas os agentes ainda fazem buscas pela carga e pelos criminosos na favela, segundo informações da Polícia Militar.


O motorista e os vigilantes foram ouvidos pela polícia. As investigações já estão em andamento para identificar os autores.

Pavuna teve outra tentativa de roubo de carga

Outra tentativa de roubo de carga terminou em tiroteio na manhã deste sábado, também na Pavuna. Assaltantes tentavam levar um caminhão dos Correios, quando policiais militares que faziam patrulhamento de rotina na região conseguiram impedir o roubo.

De acordo com informações do 41° Batalhão de Polícia Militar, do Irajá, os criminosos atiraram contra o carro da polícia e houve perseguição. Os ladrões abandonaram o caminhão na estrada de Botafogo e fugiram. Agentes do batalhão fazem uma operação de buscas na região para tentar prender os bandidos. Não há informação sobre feridos nem presos até o momento.

Outros dois casos envolvendo roubo de carga foram registrados durante a semana no Rio. Na última sexta-feira (23), dois seguranças que acompanhavam o transporte de uma carga de eletrodomésticos foram assassinados na rodovia Presidente Dutra, após reagirem a um assalto. A carga foi levada pelos bandidos, e o caminhão foi abandonado.

Na terça-feira passada (20), um assalto a um caminhão carregado de computadores na linha Vermelha teve três vigilantes reféns, que foram liberados em seguida próximo a uma favela da região.

Em ato heroico, vigilante reage e evita assalto aos Correios de Casa Amarela

Um dos suspeitos foi preso horas após a investida, três pessoas ficaram feridas




O vigilante Romildo Henrique de Souza foi escalado para cobrir as férias de um colega durante um mês, na agência dos Correios da Rua Padre Lemos, no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. Ontem ele enfrentou o momento mais difícil dessa missão: trocou tiros com três assaltantes armados com pistolas, impediu a investida e salvou a vida de cerca de dez pessoas presentes no local. A ação ocorreu por volta das 12h20 de ontem. Os assaltantes fugiram a pé, sem levar nada. Romildo foi considerado pelos funcionários da empresa e pela polícia como um herói. Ele e dois clientes ficaram feridos na troca de tiros.

“O vigilante teve um ato heróico. Ele lutou contra três bandidos armados, salvou a própria vida e evitou que uma tragédia acontecesse”, declarou o chefe de comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro.

De acordo com informações do delegado Eduardo Bastos, enquanto dois dos suspeitos entravam na agência, o terceiro foi visto por Romildo. Quando notou que estava sendo observado, o criminoso, que estava fora da agência, atirou contra ele. O vigilante foi baleado na coxa, mas, mesmo atingido, conseguiu atirar contra um dos assaltantes.

Segundo a polícia, cerca de dez tiros foram efetuados. Além de Romildo, mais duas clientes que estavam sendo atendidas, no momento da investida, foram atingidas. Janaína Marinho de Souza, 43 anos, e o vigilante, foram encaminhados ao Hospital Agamenon Magalhães, na Zona Norte, e em seguida, para o Hospital Getúlio Vargas, na Zona Oeste. A segunda vítima, Vanderlei Maria dos Santos, 46 anos, levou dois tiros. Ela foi atendida pela UPA de Nova Descoberta e encaminhada para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área central do Recife. Os três passam bem.

Poucas horas após a tentativa de assalto, um deles foi capturado e encaminhado à Polícia Federal. De acordo com a PM, João Paulo de Oliveira Ferreira, 22 anos, foi preso pela Patrulha do Bairro do 11º BPM no bairro de Vasco da Gama, Zona Norte. No momento da prisão, ele portava uma pistola de carga da Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Enquanto moradores do bairro relatam que a unidade é alvo de investidas constantes, a PF diz que a agência da Rua Padre Lemos é uma das mais seguras dos Correios.

“A ação foi muito agressiva, mas a agência conta com muitos dispositivos de segurança. Não é algo rotineiro”, assegurou Giovani Santoro. A polícia acredita que os bandidos colocaram as armas dentro de uma pochete no local onde fica o porta-objetos e assim, conseguiram passar pela porta giratória. O circuito interno de câmeras registrou toda a ação e as imagens vão auxiliar nas investigações.

Em nota, os Correios declararam que a agência será reaberta após o fim das investigações e que a empresa “é vítima de problemas de segurança pública como toda a sociedade”, reiterando que todas as agências possuem itens de segurança.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Vigilante refém em assalto na UEPG é indenizado por danos morais

Um vigilante da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), feito refém durante um assalto a caixas eletrônicos dentro da instituição, vai ser indenizado por danos morais pela Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Na última semana, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) manteve sentença que determinou a reparação no valor de R$ 15 mil pelos abalos psíquicos sofridos pela vítima.
Como a função do profissional era, basicamente, fazer a ronda e acionar a polícia em caso de urgência, ele não portava arma de fogo. Conforme os autos, os criminosos chegaram “fortemente” armados. O vigilante foi rendido e ficou algemado durante a ação. Em seguida, os bandidos detonaram explosivos para abrir os terminais.
Em abril de 2014, a vítima ingressou com a ação na 2ª Vara Federal do município pedindo indenização de R$ 50 mil. Ela alegou que o assalto só ocorreu por causa dos equipamentos bancários, sobre os quais não tinha qualquer responsabilidade.

 A Caixa defendeu-se alegando que a segurança do local é dever da universidade. Já o BB declarou que a atividade exercida pelo autor implicava na aceitação dos riscos de vivenciar uma situação como a que ocorreu.
No primeiro grau, a Justiça condenou os bancos públicos, entendendo que os danos morais sofridos são inegáveis e presumíveis, bem como o ônus pela segurança dos caixas eletrônicos é das agências. Entretanto, estipulou a reparação em valor inferior ao solicitado. Os réus recorreram ao tribunal contra o entendimento.
O relator do caso, desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, negou o apelo. De acordo com o magistrado, a responsabilidade da instituição financeira, em caso de assalto nas dependências de agência bancária, é objetiva, por decorrer do risco inerente ao negócio.
“O fato de a vítima ter sido abordada fora de agência bancária não afasta, por si só, a responsabilidade dos bancos, à medida que, ao instalar caixas eletrônicos dentro de campus universitário, amplia-se a vulnerabilidade de todo o entorno à criminalidade, por um risco criado pelas próprias demandadas, sendo descabido desobrigá-las da reparação de danos em tais circunstâncias”.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Delegacias de Campinas estão sem vigilantes para material apreendido

Com contrato interrompido, policiais fazem a segurança de armas e drogas.
Sindicato dos policiais e especialista criticam medida adotada.


Delegacias da Polícia Civil de Campinas (SP) estão sem vigilantes terceirizados que cuidavam de armas e drogas apreendidas. Com a suspensão do serviço, os policiais civis é que fazem este tipo de atividade. “O sistema de vigilância foi interrompido há uma semana”, diz um policial.
Um dos locais afetados é o 1º Distrito Policial, no bairro Botafogo, que concentra o maior número de ocorrências registradas na cidade e fica ao lado da 1ª Delegacia Seccional e do Instituto Médico Legal (IML). Seriam dois vigilantes que teriam sido retirados do local, segundo informações da EPTV.
“O estado não consegue dar segurança a si mesmo, o que diria o cidadão na rua”, opina o especialista em segurança Ruyrillo  de Magalhães. Para ele, o reflexo será a redução de investigações e de inquéritos finalizados. A EPTV apurou que no 1º DP  os terceirizados não trabalham mais há uma semana.
O sindicato que representa os policiais civis informou que a falta de vigilantes terceirizados em postos policiais prejudica a apuração de crimes. “Quando um policial precisa fazer o trabalho que não é dele, ele deixa de investigar crimes”,  afirma o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Aparecido Lima de Carvalho.
Ainda segundo ele, a cidade registra um déficit de 200 policiais, o maior da história do município. No estado, o déficit seria de 8 mil policiais ao todo.


O que diz a SSP

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) informou, em nota oficial, que o contrato de portaria terceirizada não foi prorrogado e o atendimento está sendo prestado por "policiais civis que já faziam funções administrativas, sem prejuízo das atividades normais".




Projeto obriga bancos a terem vigilantes 24h por dia em agências de Porto Alegre

Tramita na Câmara de Vereadores de Porto Alegre um projeto de lei (PL 96/2016) que obrigaria instituições bancárias públicas ou privadas e as cooperativas de crédito localizadas na Capital a contratarem vigilância armada para atuar 24 horas por dia, inclusive em finais de semana e feriados. A proposta é assinada pelo vereador Engenheiro Comassetto (PT) e apoiada pelo Sindivigilantes do Sul, que representa os vigilantes bancários.
Para Comassetto, o projeto é necessário diante do aumento dos ataques a caixas eletrônicos na Capital. “Cabe destacar que os roubos a caixas eletrônicos vêm substituindo os assaltos a bancos, o que ocorre na maioria das vezes à noite quando não há efetivo. Portanto, faz-se necessário este projeto como forma de prevenção”, diz o vereador.
O projeto prevê que os vigilantes deverão permanecer no interior das agências em local em que possam se proteger durante a jornada de trabalho, e dispor de botão de pânico e terminal telefônico, para acionar rapidamente a polícia, e de dispositivo que acione sirene de alto volume no lado externo do estabelecimento, para chamar a atenção de transeuntes e afastar delinquentes de forma preventiva a cada acionamento
As agências também deverão ter escudo de proteção ou cabine para guardas ou vigilantes e câmeras de circuito interno para gravação de imagens em todos os acessos destinados ao público, em suas entradas e saídas e lugares estratégicos, nos quais se possa ver o seu funcionamento e a movimentação de pessoas em seu interior. Na parte externa frontal dos estabelecimentos deverá haver, no mínimo, duas câmeras para gravação de imagens.
De acordo com o Sindivigilantes do Sul, projetos semelhantes já foram aprovados em 46 municípios do Estado. Presidente do sindicato, Loreni Dias pondera que as agências bancárias atualmente têm segurança insuficiente.
“Os assaltantes têm toda a noite e a madrugada disponíveis para atacar as agências, geralmente com o uso de explosivos, como aconteceu esta semana em Xangri-lá. Isto é algo que nos preocupa muito, pois muitas agências funcionam no térreo ou ao lado de prédios residências e em vias de grande trânsito. Uma explosão dessas, mal calibrada pelos assaltantes, pode causar uma grande tragédia qualquer dia”, diz.
Ele também avalia que o projeto é viável financeiramente “visto que os bancos têm lucros recordes, apesar da crise”. “O maior empecilho são os próprios bancos, que resistem em devolver à sociedade o que lhe devem, em termos de geração de empregos e segurança”, diz.
O SindBancários, entidade que representa os bancários de Porto Alegre e Região Metropolitana, mantém um levantamento atualizado diariamente do número de ataques a bancos no Estado noticiados pela imprensa. Em setembro, até o dia 12, foram registrados sete ataques, sendo todos eles arrombamentos de agências bancárias. Em agosto, há registros de 22 ataques, cinco ocorreram em horário comercial. Os outros foram tentativas de arrombamento.

Segundo o mesmo levantamento, já foram contabilizados, de janeiro a agosto deste ano, 135 tentativas e ataques a estabelecimentos bancários. Em todo o ano de 2015, foram registrados 248 e, em 2014, 207.
Everton Gimenes, presidente da entidade, defende a aprovação do projeto. “Este ano, batemos todos os recordes de assaltos e violência em bancos. O governo do Estado está péssimo em segurança e, logicamente, os bancos são os mais afetados”, ponderou.
Em nota encaminhada após questionamento da reportagem, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se posicionou contrariamente ao projeto. A entidade ponderou que as instituições financeiras investem cerca de R$ 9 bilhões por ano em segurança, vêm aperfeiçoando seus sistemas para torná-los mais eficazes e que já cumprem legislação federal que as obriga a submeter à Polícia Federal um plano de segurança para que qualquer estabelecimento bancário possa funcionar.
Segundo a nota, o PL 96/2016 não melhora a segurança e pode gerar problemas adicionais. “Para citarmos um exemplo, entre os itens de segurança previstos no projeto, está a obrigatoriedade da permanência de vigilantes nas áreas de autoatendimento das agências fora do horário normal de expediente bancário, inclusive no período noturno e nos sábados, domingos e feriados. Tal exigência, além de não resolver o problema da segurança pública, acaba por incentivar o ataque de quadrilhas a essas dependências. A presença do vigilante armado nesses pontos cria um atrativo para criminosos roubarem os equipamentos de segurança, como coletes e armamentos, para a prática de outros crimes. O vigilante posicionado dentro da agência bancária, sozinho, é alvo fácil de assaltantes que, na maioria das vezes, possuem armamentos muito mais potentes do que os dos vigilantes e da própria polícia”, avalia a nota.
A Febraban ainda informou que outras medidas de segurança já tomadas pelos bancos em horários fora do atendimento são mais eficazes, tais como: sistema de filmagem ininterrupto do local; alarme sensorial setorizado e sonoro, que permite a detecção imediata de invasão; sensores de presença, geralmente instalado na dependência de tesouraria/cofres; sensores infravermelhos, que detectam calor num determinado ambiente que requer segurança e monitoramento; serviço de ronda motorizada (rotineira ou por acionamento); fluxo de comunicação envolvendo organismos policiais, entre outros.
A entidade diz ainda que levantamento de 17 instituições financeiras aponta redução nos ataques a bancos no país nos últimos anos. Em 2015, aponta que ocorreram 393 assaltos e tentativas de assaltos a bancos no país, número semelhante ao de 2014 (385). Já em 2000, tinham ocorrido 1.903 assaltos e tentativas de assaltos.

Aprovado projeto que reserva 20% de vagas a mulheres vigilantes

O projeto não altera o quadro de pessoal já definido nas empresas, passa a valer apenas para as novas contratações. Ou seja, de cada cinco novos vigilantes que forem contratados por uma empresa, um tem que ser do sexo feminino

A Assembleia Legislativa aprovou, na sessão desta terça-feira (20), projeto de lei de autoria do deputado estadual Felipe Orro (PSDB) que reserva 20% das vagas nas empresas da área de vigilância, segurança e transporte de valores para profissionais do sexo feminino. A iniciativa tem o respaldo do sindicato da categoria, que vê com preocupação a dificuldade de contratação de mulheres vigilantes. 
O projeto tramitou por apenas três meses (foi apresentado em 31 de agosto), recebendo parecer favorável em todas as comissões, e foi aprovado por unanimidade pelo plenário, sendo agora encaminhado ao governador Reinaldo Azambuja para sanção ou eventual veto. "Acredito que o governador vai sancionar a lei, as mulheres recebem o mesmo treinamento que os homens e estão, portanto, igualmente capacitadas para o desempenho das funções. Mas a preferência das empresas é sempre por vigilantes homens", frisou. 
O projeto não altera o quadro de pessoal já definido nas empresas, passa a valer apenas para as novas contratações. Ou seja, de cada cinco novos vigilantes que forem contratados por uma empresa, um tem que ser do sexo feminino. 
Ademais, a presença de uma segurança do sexo feminino é indispensável em grandes empresas ou eventos para o trato com as mulheres, no caso de ser necessária uma revista, por exemplo. "A lei só vem regulamentar isso", frisou.
O presidente do Sindicato dos Vigilantes, Celso Adriano Gomes da Rocha, pronunciou-se por ocasião da apresentação do projeto agradecendo ao deputado Felipe Orro por defender os interesses da categoria e ressaltou a importância do trabalho do vigilante para preservar a vida tanto de funcionários como do público que frequenta as empresas, sobretudo de instituições financeiras.
Leia a íntegra do projeto:
Artigo 1º. Fica estabelecido o percentual mínimo de 20% para contratação de segurança e vigilantes do sexo feminino pelas empresas prestadoras de serviços nas áreas de segurança e vigilância, bem como, na de transportes de valores, contratadas por órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Direta e Indireta dos Poderes do Estado de Mato Grosso do Sul. 
Artigo 2º. A exigência que se refere o artigo anterior incidirá sobre as novas contratações e renovações de contratos, devendo constar expressamente nos editais de licitação para a contratação de empresas prestadoras de serviços de vigilância e segurança, qualquer que seja a modalidade adotada.
Parágrafo único. Aplica-se a reserva ora prevista, inclusive, em casos de dispensa e/ou inexigibilidade de licitação.
Artigo 3º. Caberá aos executores dos contratos a verificação do cumprimento da presente Lei.
Artigo 4º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2017.

UFU demite vigilantes e contrata porteiros para segurança dos campi

A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) vai demitir, até o fim de outubro, 104 dos 232 vigilantes que fazem a segurança dos campi Uberlândia, Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, Patos de Minas e Monte Carmelo, no Alto Paranaíba. Os prestadores de serviço eram contratados da TBI Segurança, empresa responsável por prestar o atendimento de preservação patrimonial desarmada dos campi, e funcionários da universidade. Os demitidos já estão cumprindo aviso prévio.
A alteração na segurança foi uma das maneiras escolhidas pela UFU a fim de cumprir dois decretos federais que determinam o corte de custos de contratos nas instituições públicas da União. A reportagem do CORREIO de Uberlândia apurou que todos os contratos de serviços terceirizados da universidade sofreram cortes de 20%.
Conforme informou a Diretoria de Comunicação da UFU (Dirco), os vigilantes serão substituídos por porteiros. “Não tem redução de quadro, só alteração da estratégia de segurança”, informou. Ainda conforme a Dirco, no campus Santa Mônica, por exemplo, nove vigilantes faziam o patrulhamento a pé, agora quatro farão o mesmo trabalho, porém com uso de motos. Nos campi também deve ser instalado sistema de videomonitoramento, cuja licitação não tem prazo para acontecer e, segundo a diretoria, ainda não há recursos assegurados para este fim.
De acordo com a assessora jurídica da TBI Segurança, Valéria Luiza dos Santos, os desligamentos já estão sendo feitos para que a universidade reduza o efetivo de profissionais. “Fazemos os desligamentos com muita tristeza. Essa mão de obra já foi treinada e está capacitada. Se houvesse outras vagas, com certeza, seria incorporada”, afirmou.
Para coordenador de segurança, corte gera economia
Segundo coordenador de segurança da UFU, João Delfino Diniz, o corte no contrato de vigilantes representou uma economia de 17% nos valores gastos pela instituição. “Toda a redução é preocupante para gente, porém há necessidade de verba e preferimos garantir a manutenção do pagamento em dia das empresas que prestam serviço à universidade, realizando os cortes”, afirmou. O contrato antigo foi encerrado em setembro e o novo, com a queda no número de vigilantes, será iniciado em 1º de outubro.
Insegurança ronda campis e casos comprovam problemas
O debate sobre insegurança nos campi da UFU permeia a comunidade acadêmica há bastante tempo. o CORREIO de Uberlândia já noticiou o uso das instalações da universidade para o tráfico e uso de droga e ocorrências de roubos e furtos, principalmente no campus Santa Mônica, na zona leste de Uberlândia. Em setembro de 2015, uma estudante foi atacada em uma tentativa de estuproe em novembro do mesmo ano, uma funcionária foi agredida, amarrada e roubada quando fazia a limpeza de um dos blocos da universidade.  Mais recente, o estacionamento de um dos blocos do campus Santa Mônica foi usado para esconder um veículo roubado. 
Veja o que estudantes disseram sobre a insegurança nos campi à época do ataque a estudante:

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Ator Domingos Montagner, de "Velho Chico", desaparece após mergulho no Rio São Francisco Segundo informações da Globo

Domingos não voltou à superfície após um mergulho no rio

O ator Domingos Montagner, que vive Santo em Velho Chico, teria desaparecido após mergulhar no Rio São Francisco, na cidade de Canindé de São Francisco-SE, nesta quinta-feira. Domingos foi até a região para gravar cenas da novela das 21h. 
Segundo comunicado da Rede Globo, após o término da gravação, o ator almoçou e, em seguida, foi tomar um banho no rio. Após um mergulho, ele não voltou à superfície. 


"A atriz Camila Pitanga, que estava no local, avisou à produção, que iniciou imediatamente as buscas pelo ator. Helicópteros do Grupamento Tático Aéreo, Polícia Militar,  Corpo de Bombeiros e pescadores da região estão ajudando nas buscas, mas até o momento o ator continua desaparecido", diz a nota da emissora.
De acordo com informações, um escrivão da Delegacia de Canindé contou uma versão diferente.
— Ele teria almoçado com a Camila Pitanga e um motorista, no hotel. Domingos saiu do hotel e foi mergulhar, saltou de uma pedra e desapareceu. O hotel fica a 2km do local do desaparecimento. Um ribeirinho está sendo ouvido como testemunha neste exato momento. Ele viu Domingos pular da pedra e desaparecer – disse à publicação.