sábado, 27 de agosto de 2016

Lei que obrigava bancos a manter mulheres como vigilantes é vetada

Câmara havia aprovado legislação em junho deste ano, mas prefeito vetou.
Após nova discussão, parlamentares acabaram derrubando a lei na cidade.


Os vereadores de Curitiba decidiram derrubar a lei que obrigava os bancos da cidade a manter mulheres como vigilantes. A medida foi criada pelos próprios vereadores e aprovada em junho deste ano. No entanto, quando a nova lei foi para o prefeito Gustavo Fruet (PDT), o político acabou vetando o texto. Em votação nesta terça-feira (23), os parlamentares mantiveram o veto.
Segundo a Câmara de Vereadores, Fruet vetou integralmente a lei, alegando que o texto era inconstitucional. Durante duas horas, os vereadores debateram o tema.
A manutenção do veto não foi aprovada por unanimidade. Segundo a Câmara, 13 dos 38 vereadores foram contrários ao veto do prefeito. Para derrubar o veto e manter a lei em vigor seria preciso ter pelo menos 20 votos.
Durante o debate, a bancada feminina apoiou a continuidade da lei. As vereadoras alegaram que muitas mulheres se sentem constrangidas de serem revistadas por homens, caso ocorra algum problema ao entrar em um banco.
Já os vereadores que foram favoráveis à posição do Executivo falaram que, além da inconstitucionalidade, o Poder Público não poderia interferir na relação de trabalho dos vigilantes com os bancos, sobretudo porque na maioria dos casos os profissionais são terceirizados.
Com o veto, a lei é cancelada por completo. Para que ela volte a vigorar na cidade, é preciso que um novo projeto seja apresentado e passe pelos trâmites legislativos novamente.

Ataque contra Protege reuniu até 30 criminosos,diz sindicato de vigilantes

Transportadora disse que nada foi roubado em ação nesta quarta no ABC.Um vigilante ficou ferido e vários veículos foram incendiados.


Até 30 criminosos armados com fuzis e bombas tentaram roubar a empresa de transporte de valores Protege, em Santo André, na madrugada desta quarta-feira (17), informou o Sindicato dos Trabalhadores em Serviço de Carro-Forte e Escolta Armada do Estado de São Paulo (Sindforte). A Polícia Militar e a empresa não confirmam o número de bandidos envolvidos na ação. Nada foi roubado, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Na ação, que durou cerca de 40 minutos, a quadrilha usou veículos incendiados para bloquear vias e impedir a aproximação da polícia. Moradores relataram troca de tiros com vigilantes _ um deles foi ferido. Os assaltantes fugiram sem roubar o dinheiro da Protege. Foi o quarto ataque a sede de uma transportadora no estado neste ano.
Segundo o presidente da categoria, João dos Passos da Silva, os vigilantes reagiram ao ataque usando revólveres calibre 38 e espingardas calibre 12.

"Um de nossos vigilantes foi ferido por estilhaços dos tiros de fuzil disparados pelos criminosos", disse Silva. "Representantes da Protege disseram que cerca de 20 a 30 bandidos queriam roubar a base, mas não conseguiram levar o dinheiro dela".
Em nota, a Protege disse que "a atuação dos vigilantes e as barreiras do sistema de segurança impediram o roubo e maiores consequências" e "houve registro de um colaborador ferido por estilhaços, que já recebeu atendimento e, felizmente, passa bem".
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso será registrado no 4º Distrito Policial (DP) de Santo André, mas será investigado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que fica na capital paulista. Até a publicação desta matéria a pasta não tinha informações boletim de ocorrência do caso. Procurada, a comunicação do Deic não respondeu ao e-mail da reportagem.
Moradores vizinhos à Protege, em Santo André, relataram os momentos de pânico que presenciaram durante a ação dos criminosos nesta madrugada. “Ouvimos tiros e deitamos no chão. A reação foi de pânico”, afirmou a bancária Nayane Matias, que mora em frente à sede da empresa.
Ela contou que começou a ouvir disparos por volta das 3h20 e que, imediatamente, deitou no chão do quarto e preferiu não arriscar caminhar pelo apartamento. Segundo a bancária, os disparos continuaram até 4h05, e houve ainda o estouro de três bombas. O prédio onde mora Nayane também foi atingido por balas na fachada. Vidros ficaram estilhaçados. “Achei que o prédio fosse cair”, afirmou.
O empresário Márcio Rocha da Silveira mora a cerca de 2 km da Protege e levou um susto no meio da madrugada. "Acordei ouvindo explosões e um tiroteio intenso", relatou. "Primeiro achei que era trovão, mas logo vi que era tiroteio", relatou ele que reside no Parque São Ramalho, perto da sede da transportadora de valores atacada nesta madrugada.
O ataque deixou veículos incendiados  - dois deles no entorno de uma base da Polícia Militar (PM) - e o imóvel da empresa parcialmente danificado. Na fuga, a quadrilha ateou fogo a um caminhão e colocou pregos na rua para evitar a aproximação dos policiais.
Outra moradora de um prédio próximo afirmou que o bairro já contava que o assalto aconteceria a qualquer momento, já que outras sedes de transportadoras de valores também foram atacadas nos últimos meses. "Parecia cena de filme. Eles falavam 'vamos dar tiro' o tempo todo", disse.
Imagens de câmeras de seguranças obtidas pelo Bom Dia São Paulo mostram um grupo de seguranças atirando durante a ação contra a sede da Protege.
Moradores vizinhos à Protege, em Santo André, relataram os momentos de pânico que presenciaram durante a ação dos criminosos nesta madrugada. “Ouvimos tiros e deitamos no chão. A reação foi de pânico”, afirmou a bancária Nayane Matias, que mora em frente à sede da empresa.

Ela contou que começou a ouvir disparos por volta das 3h20 e que, imediatamente, deitou no chão do quarto e preferiu não arriscar caminhar pelo apartamento. Segundo a bancária, os disparos continuaram até 4h05, e houve ainda o estouro de três bombas. O prédio onde mora Nayane também foi atingido por balas na fachada. Vidros ficaram estilhaçados. “Achei que o prédio fosse cair”, afirmou.
O empresário Márcio Rocha da Silveira mora a cerca de 2 km da Protege e levou um susto no meio da madrugada. "Acordei ouvindo explosões e um tiroteio intenso", relatou. "Primeiro achei que era trovão, mas logo vi que era tiroteio", relatou ele que reside no Parque São Ramalho, perto da sede da transportadora de valores atacada nesta madrugada.
O ataque deixou veículos incendiados  - dois deles no entorno de uma base da Polícia Militar (PM) - e o imóvel da empresa parcialmente danificado. Na fuga, a quadrilha ateou fogo a um caminhão e colocou pregos na rua para evitar a aproximação dos policiais. Outra moradora de um prédio próximo afirmou que o bairro já contava que o assalto aconteceria a qualquer momento, já que outras sedes de transportadoras de valores também foram atacadas nos últimos meses. "Parecia cena de filme. Eles falavam 'vamos dar tiro' o tempo todo", disse.
Projeto de lei
Um projeto de lei publicado na quinta-feira (11), no Diário Oficial do Estado de São Paulo, quer proibir que empresas de segurança e transporte de valores se instalem dentro de perímetro urbano de cidades paulistas. A medida também fixa horários específicos para entrega e retirada de valores, bem como outras providências menores.
Segundo a proposta, a proibição visa afastar de centros populosos tentativas violentas de roubo a empresas do ramo. No início da noite desta quarta-feira (10), cerca de 15 bandidos armadosparticiparam de um roubo a um carro-forte na Zona Leste da capital paulista. Posteriormente, seis suspeitos foram detidos em flagrante pela polícia civil.
No dia 14 de março de 2016, criminosos levaram cerca de R$ 50 milhões após explosões e tiroteio em um ataque à sede da Protege em Campinas. Quatro policiais que investigavam o caso, um integrante de uma facção criminosa e um advogado foram presos dias depois.
Para o diretor do Sindforte, Lúcio Cláudio de Sousa Lima, o projeto é "um atestado de incompetência" do governo, que "acaba atingindo a economia, afeta o estabelecimento que precisa dos valores".
"Nosso posicionamento em relação a esse projeto é contrário. O poder público está se eximindo da responsabilidade, que é oferecer segurança, tentando afastar o fornecimento e abastecimento dos estabelecimentos de valores", afirmou Lima.
De acordo com o texto, a instalação dessas empresas deve ser feita apenas "em áreas rurais e locais onde não existam colônias agrícolas, condomínios rurais ou áreas com adensamento populacional". Além disso, o projeto quer que o recolhimento ou o recebimento de valores só aconteça entre 22h e 7h. O PL Para as empresas já instaladas em áreas urbanas haveria prazo de dois anos para mudança.
Ainda segundo o projeto, todas as operações de valores deverão ser efetuadas em área reservada, "com proteção individual do veículo e dos seus ocupantes. Quem descumprir a medida terá de pagar multa de 5 mil Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (UFESP's), no valor de R$ 23,55, cada. A tarifa será dobrada em caso de reincidência.

Sem vigilantes, escola pública do AP é roubada pela 5ª vez em agosto

Colégio Everaldo Vasconcelos está sem segurança.
Vigilante saiu da escola após governo não renovar contratos com empresas.


Alunos da Escola Estadual Everaldo Vasconcelos, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, convivem mais uma vez com a suspensão das aulas por causa da violência. O colégio sofreu o quinto roubo nesta sexta-feira (26) desde o início do mês, quando o prédio ficou sem vigilante em decorrência da não renovação dos contratos com as empresas por parte do governo.
As marcas de violência deixadas na escola são semelhantes às demais nos crimes praticados anteriormente contra o colégio. No cenário, portas e cadeados arrombados, documentos rasgados e objetos furtados.
De acordo com a diretora da escola Everaldo Vasconcelos, Ana Zeneide, de propriedade do colégio foi levado o único botijão que restava para cozinhar a merenda dos alunos e câmeras de segurança. A lanchonete existente dentro do prédio foi saqueada.
Além dos furtos, salas da administração foram arrombadas e documentos foram rasgados.
"Eles arrombaram as portas e levaram o que ainda tinha. Como não viram muita coisa, rasgaram documentos, quebraram gavetas e fizeram um verdadeiro ato de vandalismo. Eles pularam o muro. Ainda não fomos, infelizmente, beneficiados com os vigilantes. Levaram o último botijão que tínhamos para fazer merenda e suspendemos as aulas nesta sexta-feira. O que sobrou estamos guardando para não perdermos", relatou a diretora.
Apesar do quinto assalto, a escola ainda não recebeu um dos vigilantes do setor de administração do governo do Amapá que seriam encaminhados para 50 colégios considerados vulneráveis.
O remanejamento dos serviços foi a medida encontrada pelo Estado para minimizar os furtos nos colégios, que passam de 15 em Macapá e Santana. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que verificaria nesta sexta-feira se a escola Everaldo Vasconcelos tem previsão de receber vigilantes.
Atualmente, a segurança de 136 prédios dos dois municípios é feita por 35 viaturas da Polícia Militar (PM) através de rondas. Os carros passaram a usar os colégios como ponto de parada.
Desde 5 de agosto, quando os vigilantes deixaram os prédios, várias escolas tiveram objetos roubados durante a madrugada, o que gerou diversos protestos de professores e alunos. Os contratos com as quatro empresas que faziam o serviço não foram renovados por falta de dinheiro por parte do governo e uma dívida de R$ 19 milhões.