O corte de vigilantes em espaços públicos de Campinas (SP), para economizar despesas por conta da crise econômica, afetou as atividades do Museu da Imagem e Som (MIS), de acordo com curadores de atividades no local. Até o início de julho, o equipamento funcionava com dois seguranças – um de dia e um à noite. Com a mudança, a administração manteve apenas um funcionário no período noturno, o que gerou o fechamento do museu durante o dia.
O governo municipal informou que o corte de um vigilante forçou a Secretaria de Cultura a deixar a porta do local fechada, mas nenhuma atividade foi cancelada por conta disso. Segundo o Executivo, as exposições permanentes e sessões de cinemas continuam abertas à visitação mesmo durante o dia, desde que o público “bata na porta” e solicite a abertura.
Ainda segundo a Prefeitura, do total de 407 postos de vigilância patrimonial em locais públicos do município, 49 foram trocados por porteiros e outros 20 foram fechados. No entanto, a administração não informou quais outros locais, além dos museus, recebeu corte de vigilantes. O Museu do Café, que fica no Bosque, também teve um funcionário de segurança demitido, "sem prejuízo à população", de acordo com o Executivo.
‘Sérios entraves’
A curadora de um clube de leitura para mulheres, uma das atividades realizadas no MIS, contrariou a informação da administração municipal e disse que chegou a ser comunicada de que algumas atividades foram canceladas por conta do corte de vigilantes. Segundo a socióloga Cássia Garcia, ela precisou adaptar os horários dos encontros para às 17h, mas, por conta da mudança, houve uma baixa no público.